Essa é a primeira vez que eu quebro o silêncio e novamente me vejo perdida entre palavras, escrevendo algo que até agora não assimilei. Foram anos que preferi me calar, e sofri sem muita firula, festejei sem muitas crônicas tudo que se passava comigo. Dessa vez foi diferente, os anos passaram e a maturidade bateu a minha porta um tanto quanto impiedosa, esperando apenas o meu primeiro deslize, que hoje eu vejo o quão grande foi.
Talvez algo vital que eu tenha aprendido é que não se muda o que não tem que ser mudado e que não se vive de futuro por mais que você possua medo dele. Sinto um arrependimento profundo, e da forma mais clichê eu digo que faria tudo diferente, mas você não ouve mais minhas palavras. Vi a única coisa que me trouxe paz de espírito em tanto tempo indo embora, mas não lhe tiro a razão. Só gostaria de saber na realidade quanto tempo vai levar pra eu poder esvaziar minha cabeça novamente e deixar-te apenas no banco das boas lembranças.